Campeonato Brasileiro de CCE 2014

Marcio Jorge é Tricampeão Brasileiro de CCE

Data: 23/12/2014

Os campeões do Brasileiro de CCE 2014 e o balanço da temporada




 
Quinta, 11 Dezembro 2014
A temporada brasileira de Concurso Completo de Equitação (CCE) fechou em alto estilo em 6 e 7/12 no Haras Horse Cross em Barretos – SP. Mais de uma centena de conjuntos, desde o nível 0,70 até o 2*, se reuniram para a disputa do Campeonato Brasileiro, que também definiria os vencedores do ranking 2014 CBH.




Os titulares da equipe principal de CCE se prepararam ao longo da semana sob orientação do técnico, o bicampeão olímpico Mark Todd e do técnico de salto Gabriel Marques Rodrigues. Os trabalhos da equipe de base seguiram sendo conduzidos por Ademir de Oliveira, com a colaboração de Paula Perracini. A mencionar também o trabalho constante da chefe de equipe Julie Purgly, apoiando e auxiliando tanto a comissão técnica quanto os cavaleiros.












O bicampeão olímpico neozelandês Mark Todd, técnico da equipe brasileira de CCE




As chuvas que finalmente começaram a cair em novembro provocaram muitas mudanças na paisagem do Haras Horse Cross do Campeonato Sul-Americano para cá. Pastagens verdes e boa umidade do ar ressaltaram a boa qualidade do piso, e assim do percurso de cross assinado por Lauro Lellis, ao mesmo tempo em que as temperaturas estavam até amenas para esta época do ano.




Na série 2*, o Campeonato Brasileiro foi conquistado por Marcio Jorge com Lissy MacWayer, recém-chegada da Inglaterra, onde ao longo da temporada europeia o conjunto já havia participado de várias provas importantes. Marcio também terminou o nível 2* com seu Coronel na segunda colocação, porém apenas o melhor resultado conta para Campeonato. Assim, Guega Fofanoff com Yankee Dapper se consagrou vice-campeão e Marcio Appel montando Iberon Bom Sabor ficou com a terceira posição.












Marcio Jorge e Lissy MacWayer foram perfeitos em "casa" no Haras Horse Cross




No Campeonato nível 1*, Marcio Jorge voltou ao topo do pódio com JCR Winner, cavalo jovem que tem pouco mais de um ano de estreia nas competições, mas já dá mostras de estar no mesmo patamar de qualidade da “tropa de elite” de Marcio. O vice-campeonato foi para Jesper Martendal com sua nova montada Quebec JMen, enquanto Ricky Candi marcou seu festejado retorno ao CCE com um terceiro lugar, na sela do seu fiel Sunny Natural TW.












Jesper Martendal e Quebec JMen




A série Junior foi dominada pelos integrantes da equipe de base, com Fernando “Xororó” da Cruz / Barão, Rafael Losano / Feel More Street e Ricardo Hypolitho / Land Ola Ola do Feroleto nas três primeiras colocações.




Os vitoriosos das demais categorias do Campeonato, bem como as classificações gerais da prova, podem ser consultadas aqui.




Balanço




Em retrospectiva, 2014 pode ser considerado o melhor ano de todos do para o CCE brasileiro, a começar pelo crescimento em qualidade e quantidade da modalidade nas provas realizadas no Brasil. Novos competidores reforçaram as categorias de base e conjuntos promissores progrediram para os níveis principais – principalmente dentre os jovens da equipe de base, cujos resultados já começam a se aproximar de cavaleiros consagrados. E cavalos e cavaleiros “estrelados”, dos níveis 1 a 3*, se aproximam cada vez mais do nível técnico internacional da modalidade, o que foi confirmado ao longo do Campeonato Sul-Americano. Não apenas pelos resultados obtidos pelos brasileiros, mas também pelas observações dos jurados e demais membros FEI do corpo técnico presentes durante o evento, vindos de EUA, Nova Zelândia e França, entre outros países internacionalmente consagrados no CCE. Todas estas pessoas convivem há anos ou mesmo décadas com a realidade da modalidade no Brasil, e foram unânimes em apontar o grande salto positivo experimentado pelo esporte ao longo das duas últimas temporadas.












O top Guega Fofanoff no centro das  atenções




Internacionalmente, tivemos em 2014 o excelente sétimo lugar nos Jogos Equestres Mundiais. Já os Jogos Olímpicos de Syney (2000) haviam sido concluídos pela equipe brasileira na sexta posição, mas agora na Normandia nossa equipe teve o mérito adicional de concluir sem descartes, e com pontuação muito respeitável inclusive no adestramento, portanto, em condições cada vez mais competitivas frente aos países consagrados no esporte.












O jovem talento Rafael Losano com Glock Pulmann




Todos os envolvidos são unânimes ao creditar esta evolução ao “Projeto Olímpico” do qual a modalidade se beneficia desde o início de 2013, que possibilitou não apenas a contratação de Mark Todd, de Anna Ross Davies e de Gabriel M. Rodrigues como técnicos da equipe principal, mas também tantas outras iniciativas, muitas inéditas para este esporte em nosso país. Destaque para criação da equipe de preparação física e de psicólogo desportivo, o pagamento de ajuda de custos para os integrantes das equipes, e também a formação da equipe de base. Isto resultou também numa difusão das novas técnicas e metodologia de trabalho para níveis de base e num maior envolvimento e motivação de todos, à medida que os cavaleiros da equipe principal, ou sob observação para integrarem a mesma, são sempre formadores de opinião e também instrutores e treinadores dos demais cavaleiros e seus cavalos.




Agora é levar este crescimento sempre mais à frente, e os objetivos são bem concretos: 2015 Pan-Americano de Toronto e 2016 Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro. Temos a vontade, temos os cavaleiros, temos os cavalos. Com o apoio de CBH, Ministério do Esporte e Comitê Olímpico Brasileiro, temos os técnicos e os recursos materiais. Seguindo com este trabalho de equipe de toda a comunidade do CCE, pode-se dizer com tranquilidade que ao final de 2014 estamos melhores do que em dezembro de 2013, porém piores do que estaremos em dezembro de 2015.